O início da Cia Alvo
A Cia Alvo teve início há 12 anos, quando Fabiano Moreira, movido por um desejo profundo de unir a arte à palavra de Deus, começou a desenvolver projetos para montar a companhia. “Nós começamos a companhia em 2012, e ela parte mesmo de um sonho de levar a palavra de Deus através da arte, do teatro”, explica Fabiano.
O primeiro projeto aprovado foi o espetáculo “Gálatas”, inspirado na carta do apóstolo Paulo aos Gálatas, montado com apoio do Programa de Ação Cultural (PROAC) do Estado de São Paulo.
O espetáculo “Gálatas” misturou elementos de teatro, música e, em menor grau, dança, oferecendo uma representação jovem e divertida da segunda viagem missionária do apóstolo Paulo. Este formato inovador chamou a atenção do público e deu o pontapé inicial para a trajetória de sucesso da companhia.
Fabiano Moreira: do tecnólogo ao teatro
Fabiano Moreira é tecnólogo de formação pela Universidade Mackenzie, mas sempre teve uma paixão pela arte. “Desde muito jovem, sempre fui muito apaixonado pela arte. Na minha juventude, tive banda com os amigos”, relata. Após se casar, ele e sua esposa trabalharam no Teatro Fábrica São Paulo, onde Fabiano atuou na área técnica e tecnológica. Foi nesse ambiente que o sonho de criar uma companhia de teatro se consolidou.
Sua conversão ao cristianismo veio depois de conhecer a igreja evangélica e se aprofundar na palavra de Deus. “Eu me converti ao cristianismo de verdade onde eu me rendo a Jesus e consigo entender a salvação que Ele conquistou para mim”, compartilha Fabiano. Ele encontrou uma forma de unir sua fé e sua paixão pela arte, criando peças que comunicam a mensagem de Cristo.
Projetos da Cia Alvo
A Cia Alvo, ao longo dos anos, desenvolveu diversos espetáculos, sempre mantendo o foco na criação coletiva e na arte como expressão cultural. Além de “Gálatas”, a companhia apresentou “Éfeso – Regressando ao Primeiro Amor”, “Guardado em Silêncio”, inspirado na Carta aos Romanos, e Meu Pequeno Universo”, um espetáculo infantil que tem sido um dos maiores sucessos da companhia, chegando a se apresentar em Belo Horizonte (MG), Mogi Mirim (SP) e diversas outras cidades do interior de São Paulo com grande aceitação do público.
Atualmente, a companhia trabalha no espetáculo “O Passageiro”, uma peça introspectiva que aborda o apocalipse e é acessível à comunidade surda, e prepara o novo infantil “Deus e o Menino”, que conta a história de um garoto autista se relacionando com Deus.
Além dos espetáculos, a Cia Alvo desenvolve projetos de inclusão social e arte-educação, como aulas de teatro para surdos, orquestra jovem social, e projetos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
E a boa notícia é que o grupo está aberto para receber convites e se apresentar em municípios de todos os estados brasileiros.
Desafios e visão futura
Lidar com a burocracia das leis de incentivo e a responsabilidade de utilizar recursos públicos são grandes desafios para a Cia Alvo. Além disso, Fabiano aponta a diminuição do público no teatro como uma das maiores dificuldades. “Hoje, a gente tem uma queda muito grande da presença do público no teatro”, comenta.
Para enfrentar esses desafios, a companhia está estudando a possibilidade de expandir sua presença digital e alcançar novos públicos. Através da Associação Cristã de Artistas, fundada por Fabiano, a Cia Alvo continua a defender a arte cristã como expressão cultural e buscar formas inovadoras de comunicar o Evangelho.
A história da Cia Alvo é um exemplo inspirador de como a arte pode ser um poderoso instrumento de transformação e de comunicação da fé, rompendo barreiras e levando a mensagem cristã a diferentes públicos e contextos culturais.
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